Este Natal questionei a minha irmã sobre aquilo que faz falta aos meus sobrinhos, para evitar oferecer-lhes uma prenda que, entre a noite de 24 de Dezembro e as 15h30 de dia 25, deixe de estar na moda, tal como sucedeu nos anos anteriores. Ok, está bem, e também para me facilitar a vida.
Bom, a resposta foi um fato de treino, para um, e um porta-lápis com fechos laterais, para o outro. Até aqui tudo muito bem, não fosse dar-se o caso do dito porta -lápis não se encontrar em lado nenhum.
Esta introdução serve para, como o próprio nome indica, introduzir o diálogo que tive com uma empregada brasileira de 1,30 cm, detentora de um número de neurónios semelhante ao de um robalo congelado há três meses e meio.
Ela (sem se mexer, atrás do balcão) - Não tem não.
Olho à volta e encontro cinco diferentes, na prateleira ao lado, com a Hello Kitty a olhar para mim. "Afinal, parece que tem", acrescento, num tom de quem tem um balão em cima da testa a dizer: "Saíste-me mais burra que um pneu".
Ela (sai do balcão e aproxima-se) - É... parece que tem, né?
Eu (depois de ver 39 euros marcados na etiqueta) - Bolas, mas isto é caríssimo! Não tem mais barato?
Ela - Poxa... É caro memo! Não tem não... Nossa! Esse daí tá muito caro memo...
Pronto. Era só isto.