Hoje era suposto passar a tarde com a minha Grande Amiga. Ela ainda não sabe, mas eu tinha muita vontade de estar com ela, não só porque seria o último dia antes da operação e queria muito contribuir para a descontrair e dar-lhe força, mas também porque tinha muita coisa a partilhar.
Este encontro não foi possível por causa de um anjo. Fiquei a saber, ainda durante a manhã, que ontem um anjinho decidiu vir buscar-lhe a avó. Só que este anjinho fez-lhe outra grande partida. Ele veio buscar a avó no mesmo dia da festa de anos do filho P. que já tem 6 anos. Não imagino como terá sido, mas ela teve de ser duplamente forte para conseguir passar aquele dia - que era suposto ter sido alegre -, a fingir que estava bem disposta. Esta minha Grande Amiga já está habituada a ser forte e tem tido algumas ocasiões na vida para o demonstrar. Esta foi só mais uma. Mais uma batalha emocional para ultrapassar. E desta vez, teve ainda de fingir.
Todos temos alturas na vida em que somos obrigados a pôr em prática a arte de fingir. Só diferem as razões.
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