quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Olá, eu sou a Canonlina


Esta é a minha nova amiga. Está a viver lá em casa há dois dias e trouxe com ela o "Manuel". À primeira vista, o "Manuel" é um pouco mais desinteressante. É pequeno, tem 265 páginas, usa o apelido "de Instruções" e vai ser graças a ele que espero ficar a saber tudo sobre a Canonlina. É linda, não é?

Acho que aqui vou ser feliz.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A minha mais séria lição de vida

Hoje fiquei a saber que, segundo um estudo internacional de uma empresa de recursos humanos, tenho a segunda profissão mais stressante de 2011.Sim, os consultores de comunicação são os profissionais mais stressados, logo a seguir aos pilotos de avião. Ocorreu-me de imediato que se este estudo tivesse sido publicado há uns 6 anos atrás, se calhar a minha vida tinha seguido outro rumo. Eu teria percebido melhor o que me estava a acontecer e ele teria percebido melhor o nó que era minha cabeça. Mas, enfim, águas passadas...

De qualquer forma, este tema serve de pretexto para tocar num outro que para mim é bem mais importante partilhar. Nessa altura, quando eu não tinha tempo para me coçar e a minha cabeça só assimilava 3 tarefas: responsabilidades, prazos e objectivos a cumprir, não tinha vontade, nem prazer de fazer rigorosamente nada. Quando não trabalhava, dormia e quando não dormia, trabalhava. Lembro-me de pensar se seria normal não ter nada que me desse realmente prazer fazer, rigorosamente nada. Não me perguntem como, mas isto durou cerca de 5 anos. E foi por essa altura que perdi o namorado e caí numa depressão.

E é por causa de ter passado por essa experiência que hoje, 6 anos depois, fico imensamente feliz por ter descoberto que sou uma apaixonada por fotografia e que, por isso, perdi a cabeça e apliquei um avolumado orçamento numa máquina com o objectivo de a explorar com vontade e dedicação. Dou por mim a apreciar música, a aprender a sacá-la da net e a passá-la para o ipod, a praticar jogging com garra, a ler livros e blogues com o coração, a apreciar os rostos de quem se cruza comigo no metro, a pensar no quanto amo a minha família, a sentir saudades de amigos, a rir com gargalhadas sentidas, a gostar de cozinhar, a pensar em tirar um curso ou a ficar feliz com o cheiro da terra. Tudo coisas impensáveis nessa fase da minha vida.


Hoje, olho para trás e reconheço que devagarinho recomecei a viver. E é por isso que não há dinheiro que pague uma vida tranquila. Esta foi, talvez, a minha mais séria lição de vida.