sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Dez coisas que me descontraem

1 - Ver blogues de decoração e afins;
2 - O cheiro da lareira acesa;
3 - Cozinhar domingo à tarde ;
4 - Assistir ao piscar das luzes da árvore de Natal;
5 - A minha casa da aldeia;
6 - Viajar por um bom livro;
7 - Chá;
8- Fotografar;
9 - Acender velas pela casa;
10 - Partilhar a vida com uma boa amiga.

Era...

a modos que assim que gostava de passar o fim-de-semana. Aqui, acho que ia ser feliz.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A angústia do tempo

A minha família há muito que deixou de me perguntar por bebés. Na verdade, só uma ou duas primas é que me falavam nisso,  mas a família mais directa raramente tocou nesse tema. O meu pai tentou abordar, ao de leve, por uma ou duas vezes, mas, além disso, nada mais.

Parece-me que devem pensar que não estou a conseguir e, por isso, não falam no assunto. Estão assim tão perto da verdade, como o Homo Sapiens do iphone 4. Esse tipo de comentários nunca me afectaram, mas há uma pessoa nesta vida que efectivamente tremo quando traz o assunto à conversa e essa pessoa é o meu pai.

No passado fim-de-semana, encontrou uma forma subtil de tentar saber, afinal, o que penso eu sobre a bela da maternidade. Estávamos na garagem e, no meio de alguma confusão, havia berços, colchões e carrinhos de bebé embrulhados. Vai daí, ele avança: "a tua irmã deixou isto para ti, mas como é? Quando vem o teu bebé? Ou posso pensar em vender esta tralha?".

O chão saiu-me dos pés e não tive qualquer resposta. Fiz um silêncio comprometedor e mudei de tema. Mais uma vez, fiquei sem saber o que raio é que ele está a achar de tudo isto e, mais uma vez, depois de me passar repetidamente pela cabeça "abrir-lhe o livro", acabo por reconhecer que esta não é a altura certa para o preocupar, apesar das centenas de vezes que já ensaiei esse momento. Por isso, poupei-o. E ele, quase que a adivinhar que a resposta não é boa de se ouvir, não insiste.

E, assim, cá fico eu a abafar esta angústia e a permitir que a passagem do tempo a faça crescer ainda mais.  Até quando vou ter espaço para a guardar?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O Carrossel


Descobri hoje que o Freeport tem um Carrossel destes para alegrar a criançada. E é precisamente na segunda parte da frase que surge o problema: aquilo está ali para deleite dos petizes, mas a menina quer muito ir e, de preferência, sem fazer figura de retardada.

Portanto, assim que o vi, depois de procurar - desesperadamente e sem sucesso - um adulto lá montado, dei comigo a delinear a melhor estratégia:

1º- ir durante a semana e à noite, quando aquilo estiver pra fechar.

2º - tenho duas opções:

a) espero que algum pai solteiro mande uma criancinha e ponho-me ao lado dela - sempre a sorrir-lhe para parecer que é minha - e, simultaneamente, vou olhando para os adultos que estão a assisitir com aquele ar de que "só Deus sabe o que uma mãe é capaz de fazer para dar uma alegria a um filho".

b) fazer uns totós, levar um chupa-chupa gigante e subir de joelhos.

Até ver, estou inclinada para a A.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O porta lápis com fecho

Este Natal questionei a minha irmã sobre aquilo que faz falta aos meus sobrinhos, para evitar oferecer-lhes uma prenda que, entre a noite de 24 de Dezembro e as 15h30 de dia 25, deixe de estar na moda, tal como sucedeu nos anos anteriores. Ok, está bem, e também para me facilitar a vida.

Bom, a resposta foi um fato de treino, para um, e um porta-lápis com fechos laterais, para o outro. Até aqui tudo muito bem, não fosse dar-se o caso do dito porta -lápis não se encontrar em lado nenhum.

Esta introdução serve para, como o próprio nome indica, introduzir o diálogo que tive com uma empregada brasileira de 1,30 cm, detentora de um número de neurónios semelhante ao de um robalo congelado há três meses e meio.
Eu - Tem porta-lápis com fechos laterais?
Ela  (sem se mexer, atrás do balcão) - Não tem não.
Olho à volta e encontro cinco diferentes, na prateleira ao lado, com a Hello Kitty a olhar para mim. "Afinal, parece que tem", acrescento, num tom de quem tem um balão em cima da testa a dizer: "Saíste-me mais burra que um pneu". 
Ela (sai do balcão e aproxima-se) - É... parece que tem, né?
Eu (depois de ver 39 euros marcados na etiqueta) - Bolas, mas isto é caríssimo! Não tem mais barato?
Ela - Poxa... É caro memo! Não tem não... Nossa! Esse daí tá muito caro memo...

Pronto. Era só isto.