sábado, 26 de março de 2011

The Other Side -Official Teaser#1- A Outra Margem



Esta pérola chama-se "A Outra Margem" e só hoje, por acaso, descobri que existia, 5 anos depois de andar por aí à solta. Não me lembro de ver um filme português tão brilhante e comovente. Tantas lições de vida, diálogos fascinantes, personagens incrivelmente bem construídas, desempenhos surpreendentemente reais. Dei comigo completemente rendida, sem saber com qual das personagens estava mais deslumbrada. Não sei como é que estive tanto tempo sem saber disto. Ri, chorei e quero voltar a ver.

Não admira que o Felipe Duarte e o Tomás de Almeida tenham ganho o Prémio de Melhor Actor no Festival de Cinema do Mundo de Montreal. Parabéns Luis Filipe Rocha. Já soube que o "Adeus pai" também é teu. Vai ser o próximo. Clap! Clap! Clap!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Nunca

Li algures, e não sei quem disse, que a palavra "nunca" só se aplica ao verbo desistir. Cada ano que passa na minha vida, estou mais certa disto.

Em criança não suportava o cheiro do café e jurava a pés juntos que nunca beberia. Na adolescência passei a gostar.
Furei as orelhas já tarde e durante anos usei bugigangas. Na fase adulta, fiquei alérgica e nunca mais pude usar.
Nunca tive medo de lugares fechados. Foi preciso chegar aos 36 anos, e passar 15 dias de Agosto em Londres, para me tornar claustrofóbica.
Nunca pensei que pudesse ser possível experienciar uma situação mirabolante que passei na semana passada.
Nunca imaginei que a minha vida incluisse esta ingrata divisão de alma.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Anda tudo ao mesmo

Acabei de ver o trailer de um filme que me pareceu muito interessante em torno do tema "traição". Acho que se chamava "A última noite" e já está marcado na agenda.

Elizabeth Taylor morreu hoje aos 79 anos. Apesar dos 8 casamentos, ao que parece, ela e o Richard Burton nunca deixaram de se amar. Segundo sábias palavras do próprio, antes de morrer: "apesar de separados, nunca nos separamos". Está-se mesmo a ver o par de cangalhos dos outros 7.

Depois do 4º PEC ter sido chumbado no Parlamento, o Sócrates demitiu-se. Traiu o País e fodeu os Portugueses.

Hoje, o motorista do meu autocarro parou repentinamente a carreira no meio da estrada, saiu a voar em direcção ao condutor do carro ao lado, enquanto gritava de punho ao alto: "Olha que a minha mulher não é igual à tua!!!!!" . Para bom entendedor, meia palavra basta.

Eu mesma já tive a testa mais enfeitada que a árvore de Natal do Rockefeller Center na versão "novo-rico".
E é isto. O mundo pula e avança, mas é sempre à volta do mesmo.

domingo, 20 de março de 2011

E pronto...

É só por um dia mas, hoje, sou a mulher mais feliz do mundo.
Calha bem. Parece que chove no Sri Lanka.

sábado, 19 de março de 2011

Das duas uma

E aqueles dias em que temos uma preocupação tão grande, tão grande, que nos consome e não nos sai do pensamento, cujo desfecho vamos saber dentro de algumas horas e sentimos que, depois desse momento, das duas uma: ou nos metemos num buraco sem fim, ou renascemos e a vida parece o lugar mais maravilhoso do mundo. Para mim, esse dia é hoje.

Portanto, dentro de 2 horas, ou sou a mulher mais feliz do universo ou então espero que esteja bom tempo no Sri Lanka.

quinta-feira, 17 de março de 2011

A modos que acagaçada...

Vamos lá a ver se não me meto em sarilhos...Uiii... estou que não me cabe um feijão no rabo...Cada dia que passa é um sufoco.

terça-feira, 8 de março de 2011

Carnaval 2012

Ontem, enquanto assisti aos "Mercado Negro" no Music Box tomei uma decisão importante.
Vai ser assim  que me vou mascarar no Carnaval de 2012. Só falta a carapinha e a tinta para a cara. Roupa já tenho. Algo me diz que vou arrásáaaar.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Isn´t it lovely?


Vou ter um casório dentro de 3 meses e ainda não tenho toilette, mas encontrei esta sugestão que me parece bem catita. Ainda sou gaja para a tentar pôr em prática, mas primeiro há que encontrar o vestido. 

O começo de um flirt

Mais leve, mais fino, e disponível em BRANCO. A modos que a puxar para uma ligeira atracção. Hoje, pela primeira vez, senti-me tentada por isto. Espero pelo 3?

Saudades

Este fim-de-semana estive com o meu avô. Encontrei-o nitidamente mais debilitado e psicologicamente muito desanimado. Para quem não o conhece, o meu avô é um homem tímido que passou por muitas dificuldades na vida e que desde sempre teve como razão de viver o trabalho da terra. Todos o conhecem como um homem de poucas palavras, mas que tinha no trabalho o seu maior prazer. Este senhor de que vos falo tem hoje 98 anos e só muito recentemente, há poucos meses atrás, é que começou a fraquejar e a perceber que os joelhos já não acompanham a mente trabalhadora.

Para um homem que viveu para trabalhar, ficar sentado numa cadeira a ver as horas passar, é uma espécie de morte lenta. E foi assim que o encontrei. Triste por o corpo já não o deixar viver. Triste porque a sua principal razão de ainda aqui estar lhe está a ser retirada, devagarinho e sem qualquer dó. Senti-o a sofrer cada vez que se levantava para ir à casa de banho ou apenas para se levantar e sentar à mesa. "Os joelhos, eu precisava era de algum milagre para os joelhos. Não posso fazer nada, passo os dias a olhar para o relógio a ver as horas passar... se ainda houvesse algo que pudesse fazer..." 

Lastimou-se de uma vida sofredora onde desde os 12 anos não fez mais nada do que trabalhar, à chuva e ao sol, de dia e de madrugada para ajudar a mãe que ainda hoje lhe traz lágrimas ao rosto. Contou-me que passava dias a fio a trabalhar sozinho, porque precisava de sustentar a família. Os amigos chamavam-lhe o "burro sozinho". E comovia-se cada vez que recordava o passado. E eu tremia por dentro enquanto respondia que ele está óptimo, que ainda vai aqui ficar mais uns anos, dava-lhe o exemplo do Manuel de Oliveira que vai fazer 103 e dizia-lhe que ainda vamos festejar muitos aniversários juntos.Contei-lhe que estou a planear fazer uma reportagem fotográfica com ele em Junho, perguntei-lhe se quer ir conhecer alguma cidade, enfim, fiz tudo o que achei que estava ao meu alcance para o animar.

A verdade, é que vim de lá com o coração destroçado e não são poucas as vezes que dou comigo a imaginá-lo sentado naquela sala a ver as horas a passar. Neste momento, esta é a minha maior fonte de angústia. Vê-lo sofrer e a passar o dia a pensar que o tempo se está a esgotar. Que cada dia que passa é menos um dia que o tenho aqui. Já tenho tantas saudades dele...Que existência ingrata, a nossa.